sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Perpétuo.

Acabou que ele não levou mais nada de mim. levou o colchão,
um vaso de porcelana que eu tanto gostava e o gato, que era dele de fato.
me deixou sem pé no chão por tanto tempo que agora tinha levado o meu chão
de taco de madeira de vez. Me levou o teto que eu tanto usava pra me
proteger do medo, o calor da casa que eu corria a abraçar depois de um árduo dia,
levou o peso que meu seio amparava quando ali ele deitava a cabeça para então de
discursar o próprio dia arduo, discurso esse que ele também me tomou. Me levou também
aquele copo de leite que sempre me esperava em cima da mesa toda manhã,
aquela carta enviada as escondidas que eu recebia mes sim mes nao,
nunca mais ganharei um nova rosa todo dia 21 de março.
Levou meu beijo e meu sexo matutino. Levou embora os ideais com o qual não me identificava,
o ronco que eu detestava, as cuecas e meias sujas pela casa. Escafedeu-se
o banheiro molhada, as toalhas no chão...

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