segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Despedindo-se da capacidade de se importar

Cansei… Desisti… A partir de agora estou abrindo mão daquilo que acreditava ser certo. Se não pode vencê-los, juntes se a eles? Pois bem, que assim seja… Insisti de mais… Está na hora de perceber que fui derrotado, não agora mas a muito tempo. Espero que entendam, meus amigos. Mas essa decisão já foi por demais adiada. Não tenho mais forças de lutar contra a maré, contra mim mesmo. Como disse Del Close "Obrigado Deus. Eu estou cansado de ser a pessoa mais engraçada na sala." Como o palhaço que tem a obrigação de chorar, desejar, e esperar por trás de uma mascara ilusória, criada pra trazer satisfação para quem ver, mas não para quem usa. Estou cansado de me esconder de mim mesmo. Estou cansado de me importar… Se importar… Com o quê? Com quem? Nunca foi uma questão de egoísmo, ou a falta dele. Mas sim, de percepção. De como se vê as pessoas, as situações, um trocar de olhares.. As entrelinhas ténues que se estendem por uma festa lotada e se perpetuam no dia seguinte. Um telefonema as duas da manhã, uma ida ao aeroporto… Uma noite mal dormida… Estou cansado disso tudo… Estou cansado de tentar conseguir tudo… De desejar, de esperar, de desejar mais um pouco… De olhar e ver algo que, por mais real que seja, não é aquilo que queria ver. Criei um mundo ao meu redor, um mundo que nunca existiu… Um mundo que, podia me devolver um olhar… Mas ele não existe… Nunca existiu… A realidade o destruiu… Antes mesmo que ele tivesse forma. “Mas algo aconteceu. Eu deixei pra lá. Perdido no esquecimento. Escuro e silencioso e completo. Eu encontrei a liberdade. Perder todas as esperanças é liberdade…" Agora, vou seguir os passos que a realidade propõem. Chega de romance, chega de desejos, chega expectativas. Amigos serão amigos… Uma festa será uma festa… Um telefonema será um telefonema… As palavras ditas serão aquilo que elas significam. E eu me tornarei… a completa falta de surpresa de Jack…

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